Mutirão ortopédico bate recorde de cirurgias eletivas

11/02/2019 08:55:00


O mutirão de cirurgias ortopédicas, lançado pelo prefeito Marcello Crivella na primeira semana deste ano, segue batendo recordes e já operou 393 pessoas em seis fins de semana - neste último foram 78 procedimentos eletivos realizados nos hospitais da rede municipal de Saúde. Só no mês de janeiro foram 244 pacientes operados em quatro finais de semana no mutirão ortopédico para procedimentos menos complexos, resultado que só foi possível a partir do investimento de cerca de R$ 130 mil para pagamento das equipes que trabalham nos fins de semana.

 

As 78 cirurgias da sexta etapa fez com que a rede hospitalar superasse a meta de 50 cirurgias em 56%, motivo para ser celebrado, de acordo com a secretária municipal de Saúde Beatriz Busch: "O mutirão é uma demonstração do potencial de atendimento da rede municipal de Saúde. Durante seu curto período de ação, o mutirão, além de abreviar o tempo de internação de pacientes, gerou também impacto nos serviços de ortopedia que, reorganizados, ampliaram a sua resolução cirúrgica".

 

Lourenço Moreira da Silva, operado na quinta etapa do mutirão no Hospital Municipal Miguel Couto, chegou à unidade na segunda-feira, 28 de janeiro, com o calcanhar fraturado e passou pelo procedimento no dia 2 de fevereiro. "Cheguei na unidade e logo fiz todos os exames necessários. A rapidez do atendimento e da realização da cirurgia superou todas as minhas expectativas. Só tenho a agradecer a cada um da equipe", contou o paciente.

 

O mutirão é realizado nos seguintes hospitais municipais: Salgado Filho, Miguel Couto, Souza Aguiar, Lourenço Jorge, Evandro Freire, Pedro II, Albert Schweitzer e Rocha Faria. As fraturas abordadas durante a ação são as fechadas e de extremidades (pernas/pés e braços/mãos). Pacientes com esses quadros normalmente passam alguns períodos internados. Por não serem casos de urgência, muitas vezes eles têm a cirurgia desmarcada, devido à chegada de um trauma grave, que precisa ser levado imediatamente à sala de operação, sob risco de morte da vítima.

 

Nesta época do ano, o número de pacientes que buscam os hospitais com fraturas aumenta de 15% a 20%, por causa do aumento de acidentes. Com isso, casos eletivos, aqueles menos graves e que não precisam ser operados de emergência, acabam aguardando um pouco mais pelo procedimento, já que a prioridade será sempre para os casos graves e com risco de morte do paciente.

 

A grande quantidade de pessoas à espera de cirurgia é reflexo da crise financeira que ocorre no Estado. O Rio perdeu uma grande quantidade de vagas de emprego, e muitos trabalhadores ficaram sem plano de saúde, passando a recorrer à rede municipal de Saúde. Também é comum pessoas de municípios vizinhos, especialmente da Baixada Fluminense, buscarem atendimento na rede da Prefeitura, que continuará de portas abertas para a população. 




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