A Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta a população para a importância da vacinação contra a febre amarela. Apesar de não haver casos da doença na cidade, com a proximidade do verão – período de maior infestação por insetos – é recomendável que as pessoas estejam protegidas, ainda mais porque há registros da presença de vírus em humanos ou macacos em cidades próximas ao Rio. A vacina é ofertada em mais de 220 unidades de saúde em todo o município, mas desde março a procura da população pelo imunizante vem caindo.

De janeiro a outubro, 1.658.923 doses da vacina foram aplicadas nas unidades de saúde do Rio. Como uma dose é suficiente para proteger conta a doença por toda a vida e considerando-se os que já tinham sido vacinados de 2000 até agora, estima-se que 3 milhões de cariocas já estejam imunizados, o que corresponde a aproximadamente a metade da população do município do Rio. A outra metade, porém, ainda precisa ser vacinada. Quanto mais pessoas vacinadas, menores as chances de ter a febre amarela circulando na cidade.

Mas desde março, quando foram aplicadas 629.087 doses, a procura da população pela vacina vem caindo mês a mês: 411.648 em abril; 198.622 em maio; 120.880 em junho; 96.032 em julho; 45.785 em agosto; 34.669 em setembro; 25.698 em outubro.

Além do verão em si, o período de férias escolares é outro motivo para Superintendência de Vigilância em Saúde alertar para a importância da vacinação. Isso porque o último surto de febre amarela na região Sudeste do Brasil, onde o estado do Rio está localizado, foi do tipo silvestre da doença, causado pelo mosquito Haemagogus, comum em áreas de mata próximas a rios. De férias com os filhos, muitas pessoas viajam para cidades do interior, onde há a circulação desses vetores. No início do ano, por exemplo, houve casos da doença em humanos e macacos no município fluminense de Casimiro de Abreu.

A vacina da febre amarela deve ser tomada por pessoas de 9 meses a 59 anos e é aplicada em dose única. Não é recomendada para gestantes, idosos, crianças menores de 9 meses e pessoas com alergia a algum componente da vacina, a ovo e derivados. Pacientes em terapias imunossupressoras, portadores de doenças autoimunes, transplantados de medula óssea, com histórico de doença do timo e com problemas neurológicos de natureza desmielizante, como Síndrome de Guillain-Barré e ELA, também não devem tomar a vacina. Em caso de dúvidas, o paciente deve conversar com o seu médico para as devidas avaliações e orientações.

Para quem for viajar para o exterior, para países que exigem que o visitante esteja vacinado contra a febre amarela, o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) é fornecido nas seguintes unidades: CEV Dr. Álvaro Aguiar (Rua Evaristo da Veiga, 16, Centro), CMS Marcolino Caudau (Rua Laura Araújo, 36, Cidade Nova), CMS Píndaro de Carvalho Rodrigues (Rua Padre Leonel Franca, s/n, Gávea), Clínica da Família Rinaldo de Lamare (Av. Niemeyer, 776, São Conrado), CMS João Barros Barreto (Rua Terneiro Aranha, s/n, Copacabana), CMS Maria Cristina Roma Paugarten (Rua Joaquim Gomes, s/n, Ramos), Policlínica José Paranhos Fontenelle (Rua Leopoldina Rêgo, 700, Penha), CMS Milton Fontes Magarão (Av. Amaro Cavalcanti, 1.387, Engenho de Dentro), CF Erivaldo Fernandes Nóbrega (Rua Rio Grande do Sul, 26, Méier), CF Deputado Pedro Fernandes Filho (Praça Nossa Senhora da Apresentação, s/n, Irajá), CF José de Souza Herdy (Av. Ayrton Senna, 3.383, fds, Barra da Tijuca), CMS Harvey Ribeiro (Av. Guiomar Novaes, 133, Recreio), CMS Masao Goto (Av. Carlos Pontes, s/n, Jardim Sulacap) e Policlínica Lincoln de Freitas Filho (Rua Álvaro Alberto, 601, Santa Cruz).