Prefeitura anuncia reestruturação da Atenção Primária. Entenda
Nova estratégia vai beneficiar regiões com moradores que mais precisam do serviço
30/10/2018 16:44:00
A Prefeitura do Rio de Janeiro, após um detalhado estudo técnico, está reorganizando o atendimento oferecido pela rede de Atenção Primária na cidade. Elaborada por um grupo de trabalho formado por técnicos das secretarias municipais de Saúde, Casa Civil e Fazenda, a adequação ajusta a oferta de serviços à necessidade real de cada região da cidade, uma vez que o estudo demonstrou que a população mais pobre e que tem menor infraestrutura de serviços públicos estava contando com menos equipes para o atendimento. O plano busca ainda adequar o serviço ao orçamento municipal, tão impactado pela crise financeira que afetou todo o País, e pela diminuição da arrecadação de tributos.
SAIBA MAIS: Confira detalhes do plano de reestruturação
Na análise feita pela equipe técnica foi possível observar que quase 300 equipes foram contratadas no segundo semestre de 2016, ano eleitoral, e que foram distribuídas para regiões que já contavam com boa cobertura de saúde.
- O crescimento da rede é vegetativo, é cadenciado até 2016, quando dá um salto maior que a capacidade da Prefeitura de manter o serviço. Essa adequação apenas equilibra as contas e a manutenção de toda a rede de saúde da cidade - explicou o secretário da Casa Civil, Paulo Messina.
A reorganização, feita a partir de critérios técnicos e de produção das equipes, vai permitir um melhor acompanhamento do trabalho desenvolvido na Atenção Primária, que deverá aumentar sua produção e resolutividade, absorvendo o público que busca atendimento em unidades pré-hospitalares, como as UPAS. No total, 184 equipes de Saúde da Família serão desabilitadas. Importante destacar que o custo (R$ 184 milhões) será revertido em outras estratégias de atendimento na própria área da Saúde.
- Não estamos fazendo cortes lineares. É uma medida pensada e estudada. A Estratégia Saúde da Família é um método de assistência, mas não é o único. Hoje, por exemplo, temos menos de 300 médicos especialistas em Saúde da Família nas equipes. Além de ser um método caro, percebemos que não está funcionando de forma adequada. O objetivo é oferecer mais a quem mais precisa - esclareceu a secretária de Saúde, Beatriz Busch, acrescentando que o objetivo é, além do melhor serviço, poder manter salários em dia e medicamentos disponíveis.
Mesmo com as mudanças, o acesso da população aos atendimentos de saúde está garantido.
PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES DA REORGANIZAÇÃO
DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA:
DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA:
- Não vai ter cortes de serviços;
- Garantia de acesso à rede de Atenção Básica;
- Permanência do serviço do Médico de Família e dos Agentes Comunitários de Saúde;
METODOLOGIA DE REDUÇÃO DE CUSTOS:
- Foco na permanência de equipes em áreas que mais necessitam;
- Eliminação de equipes com baixa produtividade;
- Aumentar o número de atendimento das equipes que permaneceram.