Guarda Municipal do Rio de Janeiro - GM-Rio
A Guarda Municipal a serviço da cultura

29/06/2018 11:27:00


Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, a Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) desenvolve o Programa Guarda Municipal Cultural, que consiste no emprego de parte do efetivo operacional atuando exclusivamente nos equipamentos culturais da Prefeitura do Rio. A iniciativa, que tem como foco a proteção de bens e instalações e a promoção da segurança dos frequentadores dos espaços, é uma forma de incentivo à cultura e também cumpre papel de valorização dos servidores da instituição.

 

Implantado em 2015, o programa conta hoje com 263 guardas municipais em processo de readaptação, que retornaram ao serviço após período de afastamento por problemas de saúde, sendo 78% de origem ortopédica, como lesões na coluna e joelho, devido ao serviço desempenhado muitas horas em pé. Os agentes atuam em 32 equipamentos da prefeitura, como teatros, bibliotecas, museu, lonas e centros culturais.

 

Antes de entrar no programa, o agente passa por uma entrevista para verificar se o perfil do profissional atende às necessidades do local de lotação, porque o trabalho não se restringe à segurança física de instalações e do público, mas também envolve atendimento e recepção. Os guardas também podem escolher o equipamento com o qual têm mais identificação. Um dos guardas, por exemplo, que atua no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, é também músico e toca piano e violão. Já o agente lotado no Parque das Ruínas é bilíngue, o que facilita a interação com os visitantes estrangeiros.



- Eu me identifico muito com o ambiente aqui do Parque das Ruínas porque é um local com valor histórico e artístico e também por ser bastante movimentado. Como recebemos visitantes de todas as partes do mundo ainda tenho oportunidade de praticar o inglês - destaca o guarda municipal Vanderlei Cerqueira, que trabalha há 19 anos na instituição, sendo seis no programa após afastamento por problemas de saúde.



O trabalho é supervisionado pela Coordenadoria de Valorização do Servidor (CVS), que entre outras atividades também verifica as condições de trabalho dos profissionais. A reinserção nas atividades operacionais proporcionou aumento da autoestima dos servidores, estimulou a pró-atividade e acabou fomentando a reinserção do efetivo em outros projetos.

 

- O programa deu tão certo que se estendeu a outras secretarias e departamentos dentro da própria Guarda Municipal, com ganhos para a Prefeitura, que pôde economizar custos com a contratação de vigilantes. E ainda temos ganhos relacionados ao efetivo, trazendo a satisfação do próprio servidor e dos seus familiares, pois unem o prazer de trabalhar com a busca em se cuidar e ter vida social e familiar, devido a implantação das escalas especiais ou lotação próximo às suas residências – destaca a subinspetora Fátima Marins, coordenadora de Valorização do Servidor da GM-Rio.

 

Atualmente, a GM-Rio conta com 1.010 servidores readaptados, que corresponde a aproximadamente 13% do efetivo total, que é de 7.350 guardas municipais. O programa Guarda Municipal Cultural foi o primeiro implantado nesses moldes e hoje também há guardas lotados em secretárias e órgãos diversos, além de Vilas Olímpicas e outros locais de acesso ao público.

 

Além da atuação nesse tipo de equipamento, a GM-Rio também realiza operações especiais em espaços públicos que contam com manifestações culturais, como a Praça São Salvador e a Lapa. As ações na Lapa, por exemplo, são realizadas de forma integrada com as forças de Segurança Pública e com diversos órgãos da Prefeitura, realizadas com foco no ordenamento urbano e do trânsito e também na coerção a delitos.

 


Corredor Cultural do Centro - A Guarda Municipal mantém ainda patrulhamento com bicicletas no corredor cultural do Centro do Rio. Quatro duplas de guardas ciclistas se revezam no corredor que vai do Paço Imperial até a Rua Pedro Lessa, no Centro do Rio. O objetivo é fomentar a visitação a pontos turísticos do Centro Histórico, que abriga construções do período colonial e diversos centros culturais. O patrulhamento acontece diariamente, das 7h às 18h30, e tem no roteiro, além do Paço Imperial, monumentos e espaços como a estátua de General Osório, os Museus Histórico Nacional e o Centro Cultural da Justiça Federal, e também passa pelas praças Marechal Âncora, João Paulo II e Mário Lago. As bicicletas foram escolhidas pelo dinamismo desse formato de patrulhamento, que permite percorrer longas distâncias em menor tempo e também circular em locais por onde viaturas não passam. Os guardas ciclistas também contam com apoio de outros guardas no patrulhamento a pé e motorizado.
 


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