Guarda Municipal do Rio de Janeiro - GM-Rio
Guardas femininas participam de ocorrência de ato libidinoso

14/11/2017 18:20:00


As guardas municipais Bruna Fraga e Juliana Santos, da Unidade de Ordem Pública (UOP) de Copacabana, prenderam, no dia 7 de novembro, Wilson Gomes da Silva, de 54 anos, flagrado se masturbando no interior da Praça Sarah Kubitschek, próximo a crianças e idosas que praticavam atividades físicas no local. Após denúncia dos frequentadores, as guardas tiveram que imobilizar o acusado, que chegou a ejacular na frente das agentes e ofereceu resistência durante a abordagem. Em seguida, elas receberam apoio de outro guarda que também atua na praça, além de policiais militares para conduzir o acusado até a delegacia da área.

Bruna e Juliana agiram com profissionalismo e proatividade diante da ocorrência que se apresentou, mas o fato de duas guardas mulheres terem efetuado a abordagem é emblemático e chama a atenção para a importância de se combater esse tipo de violência, que infelizmente ainda persiste em pleno século XXI. Este ano, a imprensa brasileira noticiou diversas ocorrências parecidas, com flagrantes de assédio sexual em meios de transporte. No Rio, o último caso foi registrado no dia 3 de outubro, com a prisão de um homem que ejaculou no braço de uma passageira em um trem na Zona Norte do Rio. Em São Paulo, de janeiro a setembro de 2017, foram registrados 156 casos de assédio sexual contra mulheres nas estações de metrô e de trem, o que dá uma média de quase um caso a cada dois dias.

Este tipo de coisa não é normal e não podemos banalizar e nem deixar para lá. Pessoas que comentem assédio sexual precisam ir presas mesmo e as pessoas também têm que denunciar. Não hesitamos em fazer a prisão. Uma das frequentadoras da praça fez questão de ir conosco até a delegacia para testemunhar sobre o crime praticado pelo homem e a delegada que registrou a ocorrência também tratou o caso com a seriedade devida – destacou a GM Bruna Fraga ao comentar a ocorrência.

Juliana também contou que na hora que recebeu a reclamação teve a preocupação em fazer o seu trabalho e proteger as pessoas que estavam na praça. Ela destacou ainda que algumas pessoas, poucas felizmente, fizeram graça da situação, mas isso não as desestimulou.

Depois do ocorrido, ficamos mais fragilizadas, porque também somos mulheres. Na hora, agimos para cumprir nosso dever e sempre que for necessário, atuaremos para proteger a população. As vítimas de assédio também não têm que se sentir culpadas. É preciso que a denúncia seja feita, para que este tipo de crime possa ser erradicado – concluiu a GM.

Guardas municipais, policiais civis e militares integram uma verdadeira rede de proteção a mulheres, crianças e todo tipo de vítima de assédio e outros crimes sexuais. As vítimas também contam com canais para denúncia, como as delegacias especializadas (Delegacias de Atendimento à Mulher – DEAM, Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima – DECAV), e o Disque 100, do Governo Federal, que é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.


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