Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual - CEDSRIO
Prefeitura e Instituto de Segurança Pública lançam Dossiê de violência LGBT.

07/12/2018 22:13:00


  O Instituto de Segurança Pública (ISP) em parceria com a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS RIO) lançam na próxima segunda-feira, 10 de dezembro, às 09h:30, no Palácio da Cidade, o 1° Dossiê de Violência LGBT+2018 - catalogado de forma oficial no estado . A publicação apresenta em 73 páginas o mapa da LGBTfobia no Rio. O Dossiê aponta que a violência moral contra a comunidade gay corresponde em 50% das agressões sofridas. A equipe de pesquisa apurou que 431 pessoas foram vítimas de crime de ódio motivado pela orientação sexual ou identidade de gênero, em 2017. Em média foram 39 vítimas de fobia por mês em todo o estado. O documento ainda indica que os homens são as maiores vítimas de fobia somando 59,6%, enquanto as mulheres 40,2 do total de agressões.

  A pesquisa também ressalta que 54,8% das vítimas de LGBTfobia são brancas, pardos somam 30,9%, negros 11,4%, amarelas e albinas contabilizam menos de 1%. Para 2,5% das vítimas a informação sobre cor e raça não foi preenchida. O estudo também traz estatísticas por idade: Os jovens entre 18 e 29 anos representam 40,0% das notificações por fobia.

  O documento revelou que 43,3 das agressões aconteceram em ambientes residenciais. Mais de metade das vítimas (55,5%) possuíam algum tipo de vínculo com os autores, fossem eles familiares, vizinhos, colegas de trabalho e demais conhecidos. 36,4% das vítimas não tinham nenhuma ligação com o autor da violência. Para 8,6% das vitimas não havia informações.

O livro impresso será entregue para as autoridades e convidados presente no evento, nele será possível ter acesso aos dados por tipos de violência, perfil das vítimas, tipo de local de fato, perfil das denúncias, e a metodologia de pesquisa e compilação para elaboração do 1° Dossiê de Violência LGBT . O conteúdo completo também estará disponível online para pesquisa nos sites do ISP e da CEDS Rio.

  -É um grande avanço social esse estudo. Temos pela primeira vez, um dossiê institucional, que traz além de relatos, números e estatísticas sobre agressões aos LGBTs. Através dos gráficos será possível estruturar ações efetivas e apresentar as entidades, políticos, e a sociedade civil, a realidade vivida por essa comunidade com intuito de trabalhar de forma engajada contra LGBTfobia- explica o coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, Nélio Georgini.

   Acesse a publicação: Dossiê LGBT+

      




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